sexta-feira, 18 de junho de 2010

16.INFORMAÇÃO REGIONAL

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Falta de médicos fecha extensões de saúde

Antecipação do pedido de reforma ameaça futuro de extensões de saúde e agrava problema da falta de médicos de família.

OS CUIDADOS de saúde primários correm o risco de ficar profundamente doentes na região com a aposentação de mais de uma dezena de médicos de família que prestam serviço nos centros e extensões de saúde da Cova da Beira. Dos cerca de 45 clínicos gerais que asseguram os cuidados primários nos concelhos da Covilhã, Fundão e Belmonte (Agrupamento de Centros de Saúde da Cova da Beira) mais de uma dezena poderá reformar-se, até final do ano, originando um grave problema de falta de médicos da região. 

“É a situação mais grave dos últimos trinta anos relativamente à falta de médicos”, admitiu ao JF o director do Agrupamento de Centros de Saúde da Cova da Beira, Manuel Geraldes, acrescentando que no conjunto dos três concelhos o do Fundão é o que apresenta uma situação mais dramática. “Dos dez médicos de família que prestam assistência no concelho, apenas dois continuarão a trabalhar. Os restantes oito deverão aposentar-se, até final do ano”, informou, sublinhando que não há memória de uma situação tão difícil na região da Cova da Beira.
“Teremos de tomar medidas, antes de encerarmos algumas extensões de saúde”, afirma aquele responsável sublinhando que os Cuidados de Saúde Primários são um pilar fundamental da saúde pública.
A ideia de encerrar extensões de saúde no concelho do Fundão penalizará as populações, sobretudo as mais fragilizadas: “Equacionamos a possibilidade de agrupar extensões de saúde no concelho do Fundão, privilegiando as mais distantes da sede de concelho e reorganizando as condições de transporte”, defende o director do Agrupamento de Centros de Saúde. O assunto já foi, aliás, abordado numa reunião com a Câmara do Fundão, que está apreensiva. No mais populoso dos três concelhos da Cova da Beira (Covilhã), a situação não é tão grave, mas preocupa também os responsáveis, na medida em que agravará o problema da falta de médicos de família. 

Dos 29 médicos do Centro de Saúde da Covilhã, três pretendem aposentar-se num concelho onde mais de três mil pessoas não têm médico de família. 

Em Belmonte, a situação é mais preocupante. Dos cinco médicos que prestavam assistência aos 7.600 habitantes, restam quatro e dois deles deverão aposentar-se até final deste ano. 

O Agrupamento dos Centros de Saúde da Cova da Beira já alertou o Ministério da Saúde para o problema e aguarda a publicação do diploma que permitirá fazer face à situação através da contratação dos médicos aposentados.

Fonte: Jornal do Fundão

3 comentários:

Sandra Louro disse...

Desta maneira não sei onde vamos parar, o país está mesmo mal em tudo, já não chegava o desemprego agora também os cuidados de saúde, se ninguém mete mão nisto não sei não….

Joana disse...

sei k criticar é facil, dificil é fazer mas estamos com um problema grave e penso eu com culpa de quem governa(claro). Temos bons alunos com vocação para medicina mas como as medias sao altas ou vao para Espanha e por lá ficam ou desistem e são profissionais de outra area qualquer! Ainda está semana ouvi um médico bastante bem sucedido tanto em Portugal como nos EUA e no entanto, no seu tempo, entrou com média de 11 na faculdade de medicina!!!
Depois tb temos o outro lado da moeda e temos aqueles k não querem vir trab para a provincia mas isso daria muito "pano para mangas"!

Paula Antunes disse...

É muito triste, o Fundão em vez de evoluir vai regredindo cada vez mais.
eu estou á espera de uma consulta de planeamento familiar para o hospital há 2 anos e quando voltei a ligar (cerca de 2 meses atrás) disseram que ha casos mais urguêntes........
será que depois de um parto não será preciso fazer uma revisão? será que nos mulheres não teremos de ir de x em x meses ao hospital?
Pois não sei dizer o que posso adiantar é que desde que tive a minha filha em 24/12/2007 até a presente data não sei nada disso, e o que é pior não tenho 1 ovário nem 1 trompa e metade do meu Utero foi raspado, sará que não sou um caso de urguência?