sexta-feira, 3 de setembro de 2010

116.INFORMAÇÃO NACIONAL

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FORMAR PARA SALVAR

INFORMA

Técnicos do INEM sem formação para socorrer



"Mais de metade dos serviços de emergência são feitos com técnicos de transporte.

A grande maioria das ambulâncias ao serviço do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) opera com técnicos sem formação para o socorro. Mais de metade das tripulações apenas está credenciada para transporte de doentes e não dispõe de conhecimentos para aplicar técnicas de socorro e de emergência, que permitem salvar vidas. A associação e sindicato dos técnicos falam em "compadrio e ilegalidade".

Mais de metade dos serviços de emergência do INEM são feitos com técnicos de transporte e não de socorro, como determina a lei. De acordo com os mapas destes serviços, a que o DN teve acesso, apenas nos distritos de Beja e Coimbra a maioria dos serviços é feita por técnicos de socorro (TAS) formados para controlar hemorragias, efectuar manobras de reanimação cardio-respiratória, realizar partos e imobilizar traumatizados, como determina a lei para as guarnições das ambulâncias de socorro e que operam na emergência.

No resto do País, são os técnicos de ambulância de transporte (TAT), "que apenas podem conduzir a ambulância, quem faz estes serviços", alerta o presidente da Associação de Técnicos de Emergência. Nelson Baptista assegura que "é o próprio INEM que incentiva esta ilegalidade, porque sempre pagou os serviços diferenciando quando são feitos por TAS ou por TAT, que recebem menos 40%".


Nelson Baptista lembra que "foram formados quatro mil TAS mas apenas dois mil estão ao serviço. É preferível pagar menos, com ilegalidades, do que pagar a quem tem formação completa e específica para prestar socorro". No final, "são os sinistrados quem mais sofrem ao não terem os cuidados de emergência que julgam que estão a ter".

O presidente do Sindicato Nacional dos Técnicos de Emergência alerta para uma situação de "compadrio" em que "ao INEM não interessa fiscalizar a formação das tripulações". Ricardo Rocha explica que "o INEM precisa das tripulações da Cruz Vermelha e dos bombeiros e não as pode fiscalizar, porque isso implicava abdicar de grande parte das tripulações".

O sindicalista avisa que "ao efectuar serviços de emergência com TAT não se garante às populações socorro com técnicos credenciados". A esperança reside na nova carreira de técnico de emergência médica que "estará regulamentada no final do ano, para que o socorro de emergência seja feito por quem tem conhecimentos e competências para tal".

O DN pediu esclarecimentos ao INEM, que não foram prestados até ao fecho da edição."

Fonte: Diário de Noticias 


QUEM ACOMPANHA ESTE PROJECTO FPS, SABE A MUITO TEMPO QUE AQUILO QUE O SR. NELSON BATISTA DIZ É A PURA DAS VERDADES.

A muito a mudar, a alterar, a implementar e essencialmente a evoluir. Cabe a quem tem o prazer de ensinar e transmitir faze-lo urgentemente para que a vida de uma pessoa seja salva............ou..........pelo menos tudo seja feito.

FORMAR, ENSINAR E TRANSMITIR
FPS

3 comentários:

Fátima disse...

Concerteza que há muito a mudar ,mas estão os responsaveis receptivos a essas mudanças ????? Claro que não pois isso impõe mais meios e mais gastos ,.....mas não seria preferivel accionar esses mesmo meios que nos trariam uma mais valia para o serviço ???
É urgente rever os meios e complementos do pré-hospitalar pois quem acaba sempre por pagar a factura é o Zé Povinho..... e os culpados onde andammmm ???? .

Sem querer fazer dispazia a ninguém frequentem as acções de formação do FPS pois sendo TAT ou TAS ou mesmo um cidadão saberá entender certos algorritmos da cadeia de sobrevivencia a que estamos sujeitos na cadeia da vida .

FORMAR PARA SALVAR ,.... sempre

Ana Sofia disse...

É bom ver que este blog é realmente isento e que o seu proposito é o de informar a população, caso contrário não estarias a relatar uma situação que até poderia ser-te desfavorável..

Formar os prestadores de cuidados de saúde é premente!

Continua a Formar!

Anónimo disse...

Esta situação dura desde sempre, so se vai alterar com a carreira de TEPH e uma boa fiscalização por parte dos organismos competentes.