terça-feira, 20 de setembro de 2011

255.CRÓNICA DE SAÚDE - LÚPUS

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O QUE É O LÚPUS

O Lúpus é uma doença crónica que pode afectar pessoas de todas as idades, raças e sexo. Tendo, no entanto, nas mulher adultas o maior número de pacientes. (90% são mulheres,entre 15 e 40 anos de idade).

É considerada uma doença auto imune porque o corpo não tem as defesas necessárias para combater as infecções e ainda se ataca a si próprio. (O sistema imunitário é uma rede complexa de órgãos, tecidos, células e substâncias encontradas na circulação sanguínea, que agem em conjunto para nos proteger de agentes estranhos. Nos doentes de Lúpus este deixa de reconhecer constituintes do seu próprio corpo, passando a atacá-los como se fossem estranhos). Não é uma doença contagiosa, infecciosa ou maligna, mas é uma doença crónica, não tem cura, podendo haver uma remissão que permita a paragem do tratamento por grandes períodos de tempo ou até para o resto da vida.

CAUSAS PROVÁVEIS DO LÚPUS

O Lúpus é uma doença de causa desconhecida. Mas vários estudos levam a algumas hipoteses:

Genética - alguns cientistas acreditam numa predisposição genética à doença, mas ainda não se conhece os genes causadores, até porque apenas 10% dos pacientes são hereditários e só 5% de crianças de pais que tem Lupus desenvolvem a doença. Mas como 90% dos pacientes de Lúpus são mulheres em idade fértil, parece haver uma associação com o estrógeno, (um hormônio produzido pelas mulheres em seus anos reprodutivos) que se revelou, em experiências feitas com animais, ter um efeito acelerador na doença: fêmeas a que retiraram os ovários antes da puberdade, e que receberam altas doses de hormônio masculino, tiveram a doença menos intensa ao crontário das que receberam altas doses de estrógeno e tiveram a doença exacerbada.

Stress - o stress é comprovadamente um disparador da doença. Os cientistas confirmaram a possibilidade da adrenalina ou cortisona influenciarem o desenvolvimento da doença.

Luz Ultravioleta - exposição à luz solar. Cerca de 30 a 40% dos pacientes apresentam sensibilidade ao componente ultravioleta vindo da luz solar ou artificial, em função da alteração no DNA, estimulando a produção anormal de anticorpos contra ele. As células da pele (queratinócitos) quando expostas à luz ultravioleta actuam nos linfócitos que produzem anticorpos. A luz ultra-violeta dificulta a retirada dos imunocomplexos da circulação, que se podem depositar nalguns tecidos provocando inflamação.

Vírus - é possível que linfócitos B sejam infectados por vírus e provoquem a produção de anticorpos em pacientes susceptíveis.

Substâncias Químicas - alguns remédios como procainamida (para distúrbios do coração), hidrazida (para tuberculose), difenilhidantoína (para epilepsia), hidralazina (para pressão alta), podem produzir um conjunto de sintomas semelhante ao Lúpus em pacientes predispostos. Descobriu-se que os pacientes demoram mais para metabolizar essas drogas, bastando a suspensão do uso para a regressão dos sintomas.

SINTOMAS DO LÚPUS

São vários os sintomas do Lúpus podendo não estar presentes todos ao mesmo tempo, algumas pessoas apresentam apenas alguns deles. No entanto só com um conjunto de quatro, no mínimo, se pode considerar doente de Lúpus:
  • Erupção na face sobre a zona do nariz e bochechas em forma de borboleta
  • Erupção lembrando a mordedura de um lobo (Lúpus discóide)
  • Sensibilidade aos raios solares (lesões após a exposição aos raios ultravioletas)
  • Erupções bucais e naso-faringeas
  • Queda de cabelo.
  • Fadiga
  • Dores de cabeça
  • Dores e inchaço nas articulações devido a inflamações articulares
  • Serosite (inflamação do revestimento do pulmão - pleura, e coração - pericárdio
  • Variações no sistema nervoso (psicoses ou depressões que vão de simples alterações de humor a estados convulsivos)
 Vários resultados anormais em análises clínicas:
Alterações renais (presença de proteínas e sedimentos na urina), baixa contagem de células brancas (leucopenia) ou plauetas (trombocitopenia), anemia causada por anticorpos contra células vermelhas (anemia hemolítica), anormalidades imunológicas (células LE, ou anticorpos anti-DNA, ou anticorpos SM positivos, ou teste falso-positivo para sífilis), fator antinúcleo positivo (FAN).
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